O mercado da soja começou a semana operando no vermelho. Nesta segunda-feira (18), perto de 6h05 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa recuavam entre 6,50 e 8,25 pontos, com o janeiro cotado a US$ 9,92 e o maio com US$ 10,14 por bushel.
A soja caminhava na contramão dos mercados de milho e trigo – ambos do lado positivo da tabela – porém, acompanhava baixas de mais de 1% no óleo, e o farelo também trabalhando em campo negativo neste início de dia.
Os traders seguem se alinhando ao cenário de finalização da colheita americana, reta final do plantio no Brasil e demanda chinesa presente, porém, carregando incertezas mais latentes desde que Donald Trump se elegeu como novo presidente dos Estados Unidos.
“O plantio da safra de soja brasileira já supera os 80%, tendo recuperado todo o atraso do início e já estando acima do passado. No momento atual, a tendência é de uma safra recorde, com alta produtividade por hectare. Os mapas climáticos para 30 dias, que medem os índices de chuvas, mostram uma boa reserva hídrica do PR para cima, porém mostra certa deficiência em Parte de SC e RS”, explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
Além disso, os traders se atentam ainda ao comportamento dos fundos investidores, ao quadro geopolítico e à volatilidade intensa no mercado financeiro.
“No final de semana a Rússia atacou com Drones e misseis a Ucrânia, danificando instalações elétricas, que foram reportados grandes estragos, o que poderá dar suporte aos preços do trigo. A discussão e fofocas do mercado continuam, onde muitos players aguardam que o presidente Trump irá adotar novos aumentos de taxas para China tão logo tome posse”, complementa Sousa.
Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalsitacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas